Movido pela inovação
Segundo Gary Hamel, guru americano em estratégias e professor da London Business School, nossas organizações precisam passar por uma completa reformulação.
Considerado a grande inovação do século passado, o modelo de gestão da forma que conhecemos hoje é totalmente inadequado para os propósitos e desafios de organizações diante de um novo ambiente competitivo.
Esse ambiente tem sido cada vez mais influenciado pelas novas gerações e pela liberdade de expressão em um mundo cada vez mais conectado.
Uma das constatações do seu novo livro "What matters now" ("O que importa agora") é a completa falta de relevância das autoridades constituídas. Se essa autoridade não for capaz de liderar pelo valor das suas ideias, muito possivelmente não terá idoneidade moral para conduzir grupos e obter resultados nas organizações. Gary Hamel elege cinco fatores que realmente contam nas modernas organizações: valores, inovação, adaptabilidade, paixão e ideologia.
Sobre o primeiro fator, prega a troca do modelo baseado em regras de controle por um modelo aberto baseado em valores. É como reescrever o capitalismo e destacar a importância de uma nova ordem baseada em ética e valores.
A sociedade exige das empresas um maior compromisso ético, social e responsabilidade pela correta utilização de recursos.
Não existe empresa ou produto "commodity". O que existe são produtos ou empresas que não incorporam inovação, o segundo fator considerado relevante por Gary Hamel.
Durante os anos áureos do sistema de gestão criado no século passado, reinventamos processos de negócios para gerar mais eficiência, criamos poderosos softwares de gestão, sistemas de logística e outros, recompensando as pessoas por conformidade, disciplina e controle.
O momento agora é o de reinventar os sistemas de gestão para gerar inovação. Tudo se relaciona à criatividade, à maneira de atrair, treinar e desenvolver talentos que incorporem o modelo mental de inovação no seu dia a dia.
A adaptabilidade aqui empregada por Gary Hamel, terceiro elemento do seu estudo, diz respeito à capacidade de resiliência das empresas às mudanças. As organizações precisam ser tão rápidas quanto à velocidade dessas mudanças.
Num ambiente de inovação aberta, onde mais de 300 mil projetos estão em desenvolvimento no mundo com o concurso de mais de 3 milhões de colaboradores, o modelo de organização funcional e hierárquico não tem mais espaço.
O quarto fator diz respeito à paixão. É a diferença entre um resultado insípido, inodoro e sem cor e um resultado instigante, estimulante e inspirador. O sucesso das organizações está cada vez mais dependente da capacidade de instilar e provocar paixão no seu ambiente de trabalho.
Quanto ao último elemento, a ideologia se contrapõe ao ambiente comum das melhores práticas. Essas são substituídas pelos melhores princípios. Burocracia e controle são coisas do passado.
A nova ideologia se baseia em liberdade - também caracterizada como autonomia por Daniel H. Pink - e autodeterminação.
Faça um exercício de análise dentro da sua organização e verifique quão distante ela está desses parâmetros. Empresas inovadoras superam a média de mercado em reconhecimento, crescimento e lucros.
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Adolfo Menezes Melito é Presidente do Conselho de Criatividade e Inovação da FecomercioSP
Esse ambiente tem sido cada vez mais influenciado pelas novas gerações e pela liberdade de expressão em um mundo cada vez mais conectado.
Uma das constatações do seu novo livro "What matters now" ("O que importa agora") é a completa falta de relevância das autoridades constituídas. Se essa autoridade não for capaz de liderar pelo valor das suas ideias, muito possivelmente não terá idoneidade moral para conduzir grupos e obter resultados nas organizações. Gary Hamel elege cinco fatores que realmente contam nas modernas organizações: valores, inovação, adaptabilidade, paixão e ideologia.
Sobre o primeiro fator, prega a troca do modelo baseado em regras de controle por um modelo aberto baseado em valores. É como reescrever o capitalismo e destacar a importância de uma nova ordem baseada em ética e valores.
A sociedade exige das empresas um maior compromisso ético, social e responsabilidade pela correta utilização de recursos.
Não existe empresa ou produto "commodity". O que existe são produtos ou empresas que não incorporam inovação, o segundo fator considerado relevante por Gary Hamel.
Durante os anos áureos do sistema de gestão criado no século passado, reinventamos processos de negócios para gerar mais eficiência, criamos poderosos softwares de gestão, sistemas de logística e outros, recompensando as pessoas por conformidade, disciplina e controle.
O momento agora é o de reinventar os sistemas de gestão para gerar inovação. Tudo se relaciona à criatividade, à maneira de atrair, treinar e desenvolver talentos que incorporem o modelo mental de inovação no seu dia a dia.
A adaptabilidade aqui empregada por Gary Hamel, terceiro elemento do seu estudo, diz respeito à capacidade de resiliência das empresas às mudanças. As organizações precisam ser tão rápidas quanto à velocidade dessas mudanças.
Num ambiente de inovação aberta, onde mais de 300 mil projetos estão em desenvolvimento no mundo com o concurso de mais de 3 milhões de colaboradores, o modelo de organização funcional e hierárquico não tem mais espaço.
O quarto fator diz respeito à paixão. É a diferença entre um resultado insípido, inodoro e sem cor e um resultado instigante, estimulante e inspirador. O sucesso das organizações está cada vez mais dependente da capacidade de instilar e provocar paixão no seu ambiente de trabalho.
Quanto ao último elemento, a ideologia se contrapõe ao ambiente comum das melhores práticas. Essas são substituídas pelos melhores princípios. Burocracia e controle são coisas do passado.
A nova ideologia se baseia em liberdade - também caracterizada como autonomia por Daniel H. Pink - e autodeterminação.
Faça um exercício de análise dentro da sua organização e verifique quão distante ela está desses parâmetros. Empresas inovadoras superam a média de mercado em reconhecimento, crescimento e lucros.
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Adolfo Menezes Melito é Presidente do Conselho de Criatividade e Inovação da FecomercioSP
Fonte: Brasil Econômico
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