Eu pratico a mais de cinco anos e recomendo a todos. Realmente os resultados são magnificos.
Nos jardins de um mosteiro zen, um monge estudante estava sentado em posição de lótus, imóvel, com os olhos fechados e mergulhado na mais profunda meditação.
O mestre do mosteiro aproximou-se dele e começou a bater, ruidosa e vigorosamente, com o seu cajado no chão. Assustado, o monge abriu os olhos e, vendo que era o seu mestre que fazia tanto barulho, protestou: “Ora essa, mestre, por que está perturbando a minha meditação?
Como posso meditar, com o senhor fazendo tanto barulho?” O mestre sorriu serenamente e respondeu: “Inclua o barulho na sua meditação…”
O que é meditaçãoA historinha acima é bem ilustrativa daquilo que é, realmente, a meditação. Muita gente pensa que meditar é pensar, deixar o pensamento fluir livremente. Outros acham que meditar é concentrar-se em determinada coisa criada na mente, uma chama, por exemplo, e obrigar a mente a fixar-se unicamente naquela coisa. Ambas as noções estão erradas.
Meditar não é pensar; pelo contrário, é esvaziar a mente, imobilizar o pensamento. Daí a grande utilidade do processo, porque, com a mente vazia, quieta, silenciosa, é possível ao cérebro descansar e aliviar o estresse do dia a dia.Meditar também não é concentrar-se em determinada coisa criada na mente e obrigar a mente a fixar-se unicamente naquela coisa. Também neste caso, é o contrário; a meditação não é um processo excludente (que exclui), mas sim inclusivo (que inclui). Nele, a mente não é obrigada a nada, tudo deve ocorrer natural e livremente.
Assim, não há nada que não faça parte da meditação, porque ela é abertura total e aquilo que se poderia chamar de um estado de total aceitação e amor. Por isso, a sugestão do mestre zen àquele monge estudante: “Inclua o barulho na sua meditação…”Não se trata, portanto, de concentração numa única coisa, mas de uma atenção a todos os sons, aos pensamentos que, inevitavelmente surgem, às lembranças que ocorrem, aos receios, às imagens… Meditar é integra-se a tudo, ao Todo, é observar o próprio meditador.
Este é o verdadeiro Espelho Mágico das lendas.
Meditação, segundo Krishnamurti
Jiddu Krishnamurti (1895 – 1986) foi um célebre filósofo, escritor e educador indiano. Entre seus temas estão incluídos a revolução psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, a natureza da mente, a origem do pensamento e a realização de mudanças positivas na sociedade global.
Assim ele fala sobre a meditação: “Meditação é a atenção em que existe um estado de consciência sem escolha, do movimento de todas as coisas – o canto dos pássaros, o barulho do automóvel, o serrote elétrico, a agitação do vento nas folhas, o riacho barulhento, as crianças gritando, os sentimentos, os motivos, os pensamentos contraditórios e, indo mais ao fundo, a percepção da consciência total.
Nessa atenção, deixa de existir o tempo como o ontem que continua no hoje e no amanhã, os movimentos e as distorções da consciência se aquietam e silenciam. Nesse silêncio, há um imenso e incomparável movimento, um movimento imperceptível que constitui a essência do sagrado, da morte a da vida. É impossível segui-lo, pois não deixa vestígio algum, é estático e silencioso, é a essência última de todo o movimento.”
Fonte: Você Sabia
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