terça-feira, 2 de outubro de 2012

Especialistas defendem a Educação Ambiental em debate na CMSP

A educação ambiental foi apontada por especialistas e professores como uma das saídas para que a capital paulista se torne uma cidade sustentável.

A necessidade de estimular a preocupação das pessoas com o meio ambiente foi defendida nesta segunda-feira durante o segundo dia do ciclo de debates “Pensando São Paulo”, promovido pela Escola do Parlamento.


   
Foto: RenattodSousa


 Sobre o tema “Meio Ambiente - Cidade Sustentável”, os especialistas apontaram, além da educação ambiental, a necessidade de se pensar em políticas públicas voltadas para esse tema, a implantação de mais áreas verdes no município e uma regulamentação e fiscalização maior em relação à ocupação do solo.

 Para o responsável por Projetos da Escola do Futuro/Universidade de São Paulo (USP) Ivan Mello, existem basicamente duas maneiras de se promover a educação ambiental. “Precisamos mudar a cultura da sociedade, ensinando as pessoas a preservarem a natureza. Para isso, podemos fazer ações preventivas, que no caso começariam com as crianças, que seriam ensinadas a reciclar o lixo, por exemplo. E a corretiva, que seria com adultos, que têm hábitos incorretos”, defendeu. Mello disse ainda que “mecanismos de coleta seletiva, em que a pessoa entrega o lixo em instituições que fazem reciclagem e recebem abatimentos em impostos, deveriam ser feitos na cidade”.

 A questão da ocupação do solo de maneira irregular foi apontada como um dos graves problemas de São Paulo. É o que explicou Illiucha Valle, diretor do Grupo DSGK, empresa de soluções sustentáveis. “Quando as pessoas ocupam uma área de maneira incorreta, isso afeta, por exemplo, a estrutura das residências e a água da cidade.

É necessário que o Estado faça essa regulamentação e tenha uma fiscalização maior, e para isso já existem vários tipos de certificados para atestar que a área foi ocupada de maneira correta”, disse. Maurício Piragino, diretor da Escola de Governo e da rede Nossa São Paulo, destacou que a criação de políticas públicas é fundamental para uma cidade sustentável.

No entanto, segundo ele, os projetos voltados para o meio ambiente costumam ter algumas falhas. “Os gestores, quando pensam em criar uma lei, devem levar em consideração se ela é inclusiva, planejada, participativa, descentralizada e justa”, apontou.

 Já a arquiteta e professora da Universidade Mackenzie Pérola Felipette Brocanelli defendeu a implantação de mais parques espalhados pela cidade. “Esses espaços melhorariam a qualidade de vida da população, porque eles ajudariam na umidificação e refrigeração do ar, no turismo, gerariam empregos e ainda ajudariam a evitar as cheias dos rios”, justificou.

 A utilização do plástico, que muitas vezes é visto como um vilão do meio ambiente, também foi debatida pelos especialistas.

De acordo com Tamas Vero, empresário de embalagens com foco na sustentabilidade, a melhor forma de resolver a questão do plástico é por meio da biodegradação. “Esse processo, que deveria acontecer em aterros sanitários, geraria húmus, o que aumentaria a vida útil do local, água  e biogás, capaz de gerar energia para o entorno”, explicou. 

Vero ainda acrescentou que qualquer política pública apresentada por gestores públicos deve ser economicamente viável. “Não se pode impor uma solução para o mercado que não será bem aceita pela população.”

  “PENSANDO SÃO PAULO” O objetivo do evento, com nove encontros, é discutir soluções para os principais problemas da capital paulista.

O ciclo de debates é gratuito e quem quiser participar das discussões no Plenário da Câmara poderá se inscrever no link Eventos e Cursos.

  Fonte: CMSP 

 Os debates, que ao final resultarão em um livro que será entregue ao próximo prefeito, também são transmitidos pela internet através do link Auditórios Online.

 Confira entrevista:

 
  Entrevista para a TV Camara

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